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Esvai-se o tempo por entre os dedos de Deus. Corre o mundo, lufa-lufa, ano após ano, mais um ano que termina.

Há a crise! Há a guerra! 2008, 2009, tal como 2007, 2006, 1965, 1453! Sempre igual, sempre o mesmo: Não há dinheiro.

Judeus e Árabes, matando-se em directo na TV e nós, lamentávelmente pobres e cobertos de infortunio, assistimos, indiferentes, às bombas que caem no éter. Igualmente caem, nos mercados, petróleo e taxas de juro, perante o nosso lamentável júbilo.

Não sei de nada. Tudo é igual a tudo.

Agp de S.