sábado, 25 de julho de 2009

#28

No supermercado onde me abasteço vendem um pão "tipo" Alentejano. De Alentejano só tem o "tipo", trata-se de um trambolho inqualificável. Pergunto-me até quando o Alentejo se poderá permitir o luxo de deixar desprotegido este seu tesouro? Até se esfarelar nas mãos de lixo industrial que se lhe quer colar na fama? Será tão dificil conjugar as vontades necessárias para se criar um pão do alentejo, D.O.P. ?

Custa-me ir fazer compras e var lado a lado um plastificado "tipo" Alentejano com uma broa "Museu do pão"

É caso para dizer: Se eu não gostar de mim, quem gostará?

sexta-feira, 24 de julho de 2009

#27

Redescubro o prazer adolescente de devorar a Colecção Vampiro Gigante

Esta senhora foi genial.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

#26

B

Não tornou a voltar essa tarde. Nem na seguinte. Nunca mais. No momento imediato em que transpôs a porta quis fugir, perder-se no mundo. E foi o que fez. Apanhou um táxi para a Gare do Oriente.

Um bilhete, por favor.

Para onde?

Para Madrid.

E assim mergulhou, noite escura, pela Extremadura a dentro, fungindo sabe-se lá de que. Que procurava? Que queria? O que faria em seguida? As interrogações agitavam-lhe a cabeça quando começaram a aparecer na escura noite os neons dos bordeis à entrada de Madrid.

#25

Qual de nós não quer só o que não tem. Melhor, o que não pode ter.
Eu tenho o que não quero, e o que não quero é tudo o que quero ter.
Mentir rima com existir. É um simples acto de ser.
E não contente com isso o homem cria a moral.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

#24

Nunca termino os princípios


Agrp. de S

domingo, 24 de maio de 2009

#23

A

Podemos ir dar um passeio. Talvez à praia, já é quase junho. Sei que o tempo não tem estado grande coisa, mas no minímo serviria para matar saudades. Não tens saudades?

Do tempo de praia, ou do tempo em que me levavas a passear?

De mim.

Calaram-se. Não tinham mais que dizer. Ele baixou o olhar e levantou-se do sofá.

Até logo.

Até.

sábado, 23 de maio de 2009

#22

Que surge ao virar da esquina? A vida não para de nos surpreender na sua constância. Sigo adiante, muito pouco sereno, muito pouco confiante.